O artista Denis Peterson impressiona os amantes da arte com suas cenas da vida real, retratando as cidades de todo mundo com mensagens sociais e políticas. Afinal, a reação do público geral ao descobrir que cada centímetro da imagem é pintada, é de imensa surpresa.
De fato, em um primeiro olhar, suas obras se confundem com imagens de ambientes urbanos movimentados. No entanto, é revelado um segredo oculto em uma inspeção mais detalhada. Afinal, até mesmo reflexos de janelas e minúsculos indivíduos são evocados em suas pinceladas.
Sem dúvida, as pinturas de Denis Peterson são tão ricas em detalhes que é necessário um exame minucioso para constatar que não se tratam de fotografias. A confusão não ocorre apenas com os olhos mais desatentos. O detalhismo de Peterson é tão meticuloso que se assimilam a fotos precisas.
Contudo, as obras estão longe de serem capturadas em frações de segundos, como as câmeras fotográficas. Todo esse nível esmiuçado de detalhes demora cerca de um mês para ser concluído com perfeição e sucesso. Após finalizadas, as obras custam cerca de trinta mil dólares cada uma.
Processo criativo
Denis Peterson foi um dos pioneiros do fotorrealismo a aparecer na de cena de Nova York na década de sessenta e início da década de setenta. Por isso, Peterson é reconhecido popularmente como o fundador do movimento do hiper realismo.
O pintor americano de 64 anos inicia seu processo criativo com uma foto pequena. Em seguida, explora a fotografia de uma a mil vezes para capturar cada minúcia e expressão.
No seu site, Denis Peterson declara que enquanto uma declaração visual significativa, suas pinturas passam por um processo transformacional de pintura. A ilusão de uma realidade alternativa, nas obras de Denis, são secundárias.
Para o artista, esse recurso é um meio para chegar ao fim de seu propósito artístico. Seu objetivo final, de fato, é criar obras atemporais para hipnotizar e evocar uma resposta no espectador.
Assim, Peterson desenvolveu um número diversificado de séries de pinturas originais. Além disso, embora não seja um fotógrafo profissional, ele confiou nas fotos de sua própria câmera para as capturas. Mantendo, através delas, uma consistência na composição e no tema como estudos de referência confiáveis.
Identidade artística
Há vários anos, Denis utilizou o fotorrealismo como um meio visual para retratar o impensável. Como, por exemplo, em sua controversa série de pinturas sobre falta de moradia. Assim, seu trabalho se concentrou no espírito humano incansável, com toques de denúncia política e social.
Esse teor muitas vezes está subentendido em suas obras, como mensagens subliminares. Como, por exemplo, nas pinturas com paisagens urbanas com outdoors comerciais gigantescos. Onde, as multidões vistas abaixo dos outdoors, muitas vezes parecem desconhecer ou ignorar as mensagens sociais que se erguem acima de suas cabeças.
De fato, essa é uma forma simbólica de representar uma sociedade alienada de suas políticas, onde o individualismo é o governante.
Trabalhos recentes
Seus trabalhos mais novos envolvem cenas urbanas, com cidadãos sendo sobrecarregados por anúncios publicitários, em um cenário tipicamente nova iorquino. De certa maneira, o trabalho de Denis ainda sustenta um cunho crítico como era visível em suas obras passadas.
Trabalhos passados
No passado, os trabalhos de Denis estiveram centrados na sociedade. De fato, é notável em suas obras anteriores a análise dos sofrimentos impostos pelo governo aos indivíduos. Dessa maneira, Denis Peterson levantava, através de suas pinturas, questões políticas e morais referentes a regimes militares.
Exibições
Atualmente, as obras de arte de Denis são exibidas em museus e galerias da França, Suíça, Córsega, Reino Unido, Utah, Virginia, Ohio, Nova Jersey e Nova York.
Legado
Denis Peterson é um artista descendente de armênios. O pintor foi um dos pioneiros do movimento fotorrealista na cena de Nova York. Junto dele, figuraram outros nomes aclamados, que estiveram ombro a ombro com sua qualidade artística. Entre eles:
- Malcolm Morley
- Audrey Flack
- Robert Bechtle
- Ralph Goings
- Richard Estes
- Don Eddy
- Chuck Close
De fato, todos estes nomes iniciaram a sua própria prática do fotorrealismo no mesmo período de tempo. No entanto, cada artista adotou seus próprios modelos de técnicas e aplicações para o fotorrealismo.
Além disso, buscaram referências e inspirações distintas e particulares para a realização de seus trabalhos autênticos. Por isso, embora tivessem um movimento em comum, cada artista buscava uma marca própria, com uma assinatura original. Assim, trabalhando independentes um dos outros.
Apesar de estar acompanhado de grandes nomes no movimento, Denis é frequentemente referenciado como o pioneiro do fotorrealismo. Desse modo, sendo frequentemente apontado também como o idealizador do hiperrealismo. Isto é, o movimento artístico criado a partir dos princípios da estética fotorrealista.
Dust to Dust, uns dos trabalhos mais notórios do artista, é firmado no cronograma histórico da arte como a “pintura divisor de águas”. Afinal, é defendido que sua obra deu à luz à primeira expressão do hiper realismo no mundo inteiro.
Fotorrealismo e hiperrealismo
Denis Peterson foi o artista a distinguir o fotorrealismo do hiperrealismo. De fato, o pintor fez alterações meticulosas na profundidade de composição, cor e campo de suas obras. Intencionando, assim, dar ênfase a uma mensagem socialmente consciente referente à política e à cultura contemporânea.
A pintura hiperrealista, para Peterson, é fundamentalmente usada como um veículo. Ou seja, um meio fenomenológico para impulsionar e promover mudanças sociais. Esse é o caso da obra citada anteriormente, Dust to Dust, onde Peterson retrata o que parece ser um mendigo.
Ao falar sobre o trabalho, Peterson sublinha sua consciência social:
“Um homem de baixo status social, que habita a mais baixa camada da sociedade, é tão digno e merecedor de ter seu retrato pintado quanto quaisquer outros indivíduos mais privilegiados”.
Sem dúvida, as imagens que habitam um espaço compactado e as paisagens incorpóreas da decadência social são comentários visuais sobre as consequências de genocídios e desigualdades sociais.
Por causa de uma combinação de tema de obras e de habilidades técnicas, as pinturas de Denis Peterson têm um significado simbólico atemporal. Isto é, elas não se limitam a uma mera aparência de uma fotografia. Embora, por definição, sejam precisas e hiper realistas.