Henri Rousseau: um grande pintor francês pós-impressionista

Considerado um artista revolucionário na pintura, Henri Rousseau trouxe diversos elementos novos que se opunham a todo o tradicionalismo que vigorava no mundo do século XIX.

No entanto, Rousseau nem sempre foi reconhecido por suas incríveis obras, realmente só recebendo o mérito deseja pelo autor após sua morte. Veja mais sobre esse renomado pintor pós-impressionista!

Quem foi Henri Rousseau?

Nascido em 21 de maio de 1844, Henri Julien Félix Rousseau – também conhecido como Henri Rousseau – foi um importante pintor francês do movimento europeu pós-impressionista. Rousseau morou em grande parte da sua vida com sua família na província de Laval, atual noroeste da França. Durante sua infância, Henri Rousseau nunca apresentou ser um bom aluno em matérias tradicionais. Como muitos artistas, quando criança ele gostava de poesia e, sobretudo, desenho, áreas bem voltadas para o meio artístico.

Já na sua fase adulta, com 19 anos, Henri Rousseau abandonou a vida acadêmica para trabalhar ao lado de um advogado como ajudante, embora tenha durado apenas alguns meses. Desde essa época, Rousseau apresentava não estar feliz com trabalhos normais, já mostrando indícios de que gostaria de seguir uma carreira diferente.

No entanto, sua primeira apresentação oficial como artista veio somente aos seus 41 anos, em 1885. Mesmo assim, as obras de Henri Rousseau não receberam destaque. Na época, Rousseau tinha mandado dois quadros para o Salão de Artistas Independentes, ambos sendo julgados negativamente pelos organizadores e críticos do evento.

Nesse período, quase todos os críticos consideravam a obra de Henri Rousseau um completo desastre, normalmente sendo ignorados e, sobretudo, desprezados. Apesar disso, Rousseau nunca pretendeu abandonar suas obras, sempre buscando evoluir ao máximo e criar pinturas cada vez mais complexas. Depois de muito tempo, ele acabou sendo valorizado por pequenos grupos de artistas, embora suas obras só tivesse ganhado real renome após a sua morte.

Vida pessoal de Henri Rousseau

Já na vida pessoal, Rousseau teve dois filhos com sua primeira esposa, Clémence Boitard, na qual passou duas décadas. Além disso, ele teve um relacionamento com Joséphine Noury, dessa vez durando doze anos justos até o falecimento dela. Até hoje não se sabe ao certo como era o relacionamento de Rousseau com seus filhões e esposas, embora haja diversos relatos que sua família sempre foi de grande inspiração para suas obras.

Henri Rousseau, além de pintor, também trabalhou na alfandega em Paris, emprego no qual ficou até os 49 anos. Logo em seguida, Rousseau se aposentou e dedicou o resto da vida a pintura, podendo expressar suas ideias e inspirações. Nesse período, ele acabou produzindo diversas peças incríveis como Uma Tarde de Carnaval (1886) e Paisagem-Retrato (1890), ambas muito aclamas por admiradores do pintor.

Desde pequeno, Henri Rousseau era considerado uma pessoa com muita autonomia sobre suas obras, normalmente desenvolvendo suas próprias técnicas de pinturas. Para muitos, Rousseau era uma pessoa extremamente intuitiva e rápida quando queria aprender algo. Todavia, a diversos relatos que ele não gostava de práticas convencionais ensinadas em livros, muitas vezes ignorando normas que os artistas mais tradicionais utilizavam com frequência.

Henri Rousseau: Pai da arte naif

Considerado o maior artista autodidata, Henri Rousseau acabou ficando conhecido como pai da arte naif. Em especial, devido suas belas obras que foram feitas sem grande apego as técnicas. Para seus seguidores, Rousseau trouxe uma liberdade inigualável para seu trabalho, embora ainda tivesse alguns artistas que comparassem suas obras a formas abstratas.

Utilizando cores vivas e irreais, Rousseau mostrou durante toda sua velhice o desprendimento que sua arte poderia ter. No entanto, suas obras não teriam chegariam a ser reconhecidas mundialmente se não fossem os esforços de Alfred Jarry, um escritor muito reconhecido no século XIX. Para Jarry, Henri Rousseau tinha uma visão completamente diferente do que outros artistas estavam propondo na época, consequentemente chamando a atenção dele e seus leitores.

Após muitos anos, esse incrível autodidata acabou ficando conhecido pelo nome de “Le Douanier”. Em tradução literal, esse apelido significa “O funcionário da alfandega”, fazendo referência ao trabalho na qual ele exerceu durante a vida adulta. Até hoje, Henri Rousseau foi o único pintor de arte naif que conseguiu influenciar outros estilos, sendo um dos personagens históricos mais referenciados no surrealismo e no simbolismo.

Henri Rousseau morreu em 1910 no cemitério de Bagneaux, em Paris. No entanto, apenas um mês depois de sua morte, os jornais e revistas noticiaram seu óbito. Como visto, até a sua morte, Rousseau foi pouco valorizado, realmente tendo suas obras limitadas a pequenos museus e exposições independentes, normalmente em Paris. Por outro lado, a morte dele acabou gerando comparações com Uccello, um grande pintor da renascença, assim rendendo destaque para as obras do pai do neif.

Primeira pintura de Rousseau

Criado em 1886, Uma Noite de Carnaval foi a primeira pintura publicada de Henri Rousseau. Como já foi mostrado, o pai do neif mandou originalmente duas pinturas para o Salão dos independentes, em Paris. Contudo, esse quadro chamou bem mais atenção do que as outras obras de Rousseau.

Na época, essa pintura acabou tento sua atenção dividida com o quadro Tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte, do autor pontilhista Georges Seurat. Durante aquele período, Seurat também não era tão conhecido por suas obras. No entanto, ele acabou ganhando renome rapidamente após alguns anos e aperfeiçoando de suas técnicas.

Apesar de ambos os pintores serem grandes figuras históricas da pintura, nesse período a crítica fez um julgamento bem negativo das suas obras. Dentre as principais, estava a falta de normas tradicionais, algo que era requerido por grande parte dos jornais, especialmente os focados em obras de museus e exposições.

Para eles, pinturas deveriam ser o mais próximo de um padrão, sempre seguindo um conjunto de regras impostas, fato que geralmente limitada o processo criativo de novos artistas.

Considerações finais

Em suma, Henri Rousseau conseguiu dedicar apenas uma pequena parte da sua vida a arte. No entanto, suas técnicas e liberdade chamaram muita atenção de milhões de pessoas em todo o mundo após a sua morte.

Até os dias atuais, Rousseau é considerado o único artista neif que conseguiu ser referenciado em outros estilos de pintura. Com isso, não sendo raro achar um artista simbolista ou surrealista que referencie suas peças.