José Ferraz de Almeida Junior foi um desenhista e pintor brasileiro

José Ferraz de Almeida Júnior nasceu na cidade de Itu, no dia 8 de maio de 1850. João Ferraz de Almeida foi um desenhista e pintor brasileiro, consolidando seu trabalho na segunda parte do século dezenove. Em sua biografia, é regularmente consagrado como o precursor na abordagem de temas regionalistas. Isto é, ingressando em assuntos e temáticas inéditas até então nas produções acadêmicas brasileiras.

Assim, a sua arte é identificada por sublinhar e conferir destaque a personas anónimas e simplórias. Além disso, o retrato verossímil à cultura e tradição caipira também é caracterizada em sua carreira. Desse modo, o artista José Ferraz de Almeida Júnior suprimiu a moda da monumentalidade, oficial no ensino artístico, priorizando um autêntico naturalismo.

Sem dúvida, José foi o pintor a assimilar melhor o legado realista de Jean-François Millet e Gustave Courbet. De fato, o artista articulou ambas as referências à ideologia parisiense dos salona. Assim, estabeleceu um vínculo entre a rígida formalidade academicista com o compromisso intimista do verismo.

Em linhas gerais, esse foi o traço artístico que tornou sua carreira célebre durante sua vida. Seu impacto foi tamanho que, até os dias de hoje, sua biografia é alvo de estudos. Sem dúvida, o maior interesse biográfico na história de José Ferraz diz respeitos às narrativos e mitos que envolvem as circunstâncias do seu assassinato.

Afinal de contas, José Ferraz de Almeida Júnior foi vitimado por um crime passional, sendo assassinado a punhaladas. O seu assassino atendia por seu próprio primo, que não por coincidência era esposa de Maria Laura. De fato, a mulher foi amante do pintor durante vários anos.

Devido à sua colaboração à arte brasileira, na data de seu aniversário (8 de maio) é comemorado O Dia do Artista Plástico.

Biografia de José Ferraz de Almeida Júnior

José Ferraz de Almeida Júnior (nascido no ano de 1850 e assassinado em 1899) foi um popular desenhista e pintor do Brasil. Almeida Júnior nasceu em São Paulo, especificamente na cidade de Itu. A vocação artística do pintor se manifestou desde os seus primeiros anos de vida.

O principal incentivo veio por parte do padre Pacheco. José Ferraz de Almeida Júnior pintou alguns quadros sacros para padre, em especial para a igreja em que o último era pároco. Foi com o apoio do padre Pacheco que na altura de seus 19 anos, no ano de 1869, José se mudou para o RJ.

O objetivo da mudança era se matricular na Academia Imperial de Belas Artes, muito em voga para os aspirantes a artista da época.

Na Academia, Almeida Junior teve aulas com Victor Meireles, Jules Le Chevrel e Pedro Américo. Seu desempenho foi premiado diversas vezes no decorrer do curso. Uma medalha de ouro foi recebida pela obra “A Ressurreição”, no ano de 1874, durante uma exposição da Academia.

Paris

Após a conclusão do curso de Belas Artes no Rio de Janeiro, o artista retornou para sua cidade natal, Itu. Lá, José Ferraz de Almeida Júnior inaugurou um ateliê próprio, iniciando seu trabalho como professor e retratista. Seu talento foi reconhecido pelo imperador do Brasil, D. Pedro II, em 1876. De fato, o imperador ficou maravilhado com o trabalho do pintor, decidindo financiar os estudos de José em Paris.

No mesmo ano, o artista embarcou em direção à capital francesa. Foi instalado no Montmartre, um bairro de Paris, para estudar na École National Supérieure des Beaux Arts. Na escola de Belas Artes de Paris, José foi aluno Lequien Fils e Alexandre Cabanel. Entre os anos de 1879 e 82, o artista marcou presença no Salão de Paris por quatro edições. Foi nesse meio tempo que muitas de suas obras primas foram produzidas. Como, por exemplo, o “Derrubador Brasileiro”.

Exposição de José Ferraz de Almeida Júnior

Sua estadia em Paris durou por mais de meia década, até o ano de 1882. O artista também teve uma passagem pela Itália. Embora sua temporada em terras italianas tenha sido curta, José Ferraz de Almeida Júnior esteve em contato com pintores de renome. No mesmo ano, em seu retorno ao Rio de Janeiro, uma exposição de José Júnior foi realizada na Academia Imperial de Belas Artes.

A exposição reuniu seus quadros produzidos durante sua temporada em Paris. Um ano depois, em 1883, foi aberto seu ateliê na capital de São Paulo. Lá, diversas exposições foram realizadas e artistas promissores foram formados.

Temática caipira

Os primeiros passos em direção à temática caipira que o sagrou foram dados a tela o “Derrubador Brasileiro”. Entretanto, seu complexo de telas com temas regionalistas não foi concebido até os últimos dez anos de sua existência. Esse conjunto de pinturas seria responsável por cimentar seu nome na história brasileira de grandes pintores. iria consagrá-lo na história da pintura brasileira. Entre suas obras primordiais estão:

  • Violeiro
  • Apertando o Lombilho
  • Amolação Interrompida
  • Caipira Picando Fumo
  • Caipira Negociando

Principais obras de José Ferraz Almeida Júnior

Como visto acima, Almeida Júnior é aclamada como um pintor que retratou a realidade regional do Brasil. Isto é, as temáticas caipiras e suas culturas decorrentes figuraram os quadros que lançaram o artista à fama. Sem dúvida, uma parcela considerável da crítica brasileira é favorável ao artista.

Afinal, suas obras se distanciaram do status quo da Academia. Os pintores costumavam se debruçar pelos ufanismos nacionalistas ou alegorias românticas. Enquanto isso, Almeida Junior lançou luz sobre os cidadãos comuns, traçando similaridades com Gustave Courbet, um artista de grande prestígio na França. Embora o Impressionismo estivesse em alta durante a passagem de Almeida Júnior por Paris, o artista não incorporou suas influências.

Apesar de adotar luz e clarear a paleta em suas obras, o artista não abandonou a rigorosidade acadêmica da anatomia e desenho.

Morte de José Ferraz de Almeida Júnior

A morte de José Ferraz Almeida Júnior ocorreu de modo súbito e precoce quando o artista tinha apenas 49 anos de idade. O ocorrido se sucedeu no dia  13 de novembro de 1899, quando José Ferraz foi brutalmente apunhalado pelo primo em frente a um hotel de Piracicaba, hoje em dia já demolido.

O assassino era também marido da amante do pintor, com quem manteve por anos um romance secreto.