Vênus de Milo, estátua da Grécia Antiga, está hoje no Museu do Louvre

Como já diz a história, nos primórdios da Arte grega as esculturas costumavam retratar mulheres vestidas e homens nus. Entretanto, ao entrar no período clássico, essa forma de representação mudou. Isso porque as obras femininas passaram a ser esculpidas seminuas e com ares mais sensuais, como a Vênus de Milo.

Aliás, essa obra consolidou a forma popular da época de apresentar obras de arte. Para isso, elas costumavam estar com apenas um tecido cobrindo da cintura para baixo e os peitos à mostra. A partir desse momento, a Vênus de Milo tornou-se uma referência em relação a essa postura clássica.

Principais características da Vênus de Milo

Provavelmente, a Vênus de Milo, considerada um dos maiores e clássicos símbolos da beleza feminina, teve sua criação iniciada na década de 100 a.C.. Para garantir sua forma icônica até os dias de hoje, a estátua tem a imponência de seus novecentos quilos de mármore branco distribuídos em cerca de dois metros de altura.

Conforme já citado, essa deusa esculpida retrará uma mulher em posição ereta e seminua. No entanto, uma característica clássica está localizada abaixo da cintura, pois a Vênus de Milo inovou no conceito ao estar apenas com um tecido cobrindo suas pernas.

Para dar mais elegância, a musa ainda apresenta cabelos ondulados e sustentados por um requintado coque clássico. Enfim, pesquisadores presumem que, apesar de nunca serem encontrados, seus furos estratégicos propõem que ela era ornada com acessórios de valor, como brincos, joias, tiara e bracelete.

Autoria e história por trás do mito

Ao certo, é claro que existem muitas controvérsias a respeito de sua autoria. No entanto, sua criação costuma ser atribuída a artistas como Alexandre de Antioquia ou Praxíteles. Até porque, à época, barcos franceses podem ter levado a obra e demais peças arqueológicas de valor para revenda em outros mercados locais.

Uma hipótese é que a obra chegou a ser dividida em duas partes. Para isso, a história diz que um camponês a vendeu para navegantes, visto que na época ela tenha sido vendida sem os braços. No entanto, anos depois a Vênus de Milo teria sido oferecido ao rei francês para Luís XVIII. De qualquer forma, ela acabou sendo levada para uma exposição ao célebre Museu do Louvre, reforçando a ideia de que ela fora achada na Grécia.

O mistério por trás da Vênus de Milo

Apesar de ter sido descoberta há cerca de duzentos anos, ainda existem muitos mistérios sem respostas acerca da Vênus de Milo. Isso porque, além de ter sido encontrada na Grécia, mais precisamente na ilha de Milo, a estátua ainda costuma intrigar vários historiadores até os dias de hoje.

Afinal, a origem de sua criação, ano e autor ainda são um mistério para quem estuda o assunto. Além do mais, esculturas gregas apresentam algumas peças intrigantes, visto que muitas delas estão entre os grandes mistérios da Arte.

Isso porque, sejam perdidas, esculpidas, restauradas ou roubadas cada peça de cobre ou mármore conta uma história antiga e ainda são carregadas por dúvidas. No entanto, com o tempo surgiram novas descobertas sobre essas estátuas e, com isso, ficou mais acessível entender quais as origens de sua produção.

Nesse sentido, a cada ano mais fácil compreender quais foram as técnicas empregadas a cada fase artística e como elas influenciam as futuras escolas e artistas. Enfim, apesar de ainda existirem várias esculturas cercadas de mistério, a Vênus de Milo é uma das que mais mexem com a imaginação de colecionadores, visitantes e artistas.

Histórias sobre a Vênus de Milo

Como toda obra célebre, a estátua da Vênus de Milo também rende muitas histórias. Apesar já citarmos alguns mistérios, confira o que se sabe até hoje sobre ela. Em primeiro lugar, com base em documentos históricos, a obra foi achada definitivamente no dia oito de abril do ano de 1820.

Contudo, a Vênus de Milo Feita já era a obra que conhecemos hoje, sem os dois braços e confeccionada em mármore. Ainda segundo esses registros, ela fora descoberta por um camponês da ilha de Milo. Isso ocorreu acidentalmente, pois ele estava escavando uma área à busca de pedras preciosas.

Entretanto, foi um cadete naval francês que notou a obra enterrada. Afinal, ele era um fã de arqueologia e acabou pedindo para que esse camponês cavasse ainda mais. Claro que a surpresa chamou sua atenção, levando-o para o buraco e deixando-o abismado.

Isso porque a Vênus de Milo apresentava sua parte superior já em ótimas condições de preservação. Sendo assim, ele pagou para que o homem desse sequência à escavação. A partir desse momento, seguindo ordens do vice-cônsul francês no país, a fase de explorações teve sucesso ao encontrar mais fragmentos do terreno.

Curiosidades sobre a estátua de Vênus de Milo

Para finalizar nosso artigo, é importante salientar que, em relação ao seu valor comercial e importância artística, a Vênus de Milo é uma das estátuas mais desejadas entre apreciadores e colecionadores. Claro que isso também tem relação com seus valores histórico e cultural.

De qualquer forma, essa importância toda é graças a demais, fatores. Primeiro, por que a estátua mantém a curiosidade de todos ao levantar a dúvida sobre a localização de seus braços. Como consequência, é recorrente a busca de arqueologistas, pesquisadores e historiadores para saberem onde eles poderiam estar.

Aliás, essa busca tem sido obsessiva ao longo dos anos. Ainda assim, além dos braços ainda há a falta do pé esquerdo da Vênus de Milo. Seja como for, pelo seu valor cultural inestimável e tanto mistério e renome sobre a arte, essa estátua acabou por gerar inúmeras cópias e reproduções e visando tanto o lado comercial quanto o lado artístico.

Em suma, deixando as lendas e a curiosidade de lado, vale lembrar que a Vênus de Milo em exposição nos dias de hoje está da mesma forma e integridade como ela fora achada. Além do mais, vale lembrar que os gregos continuam solicitando sua devolução frente aos franceses para que ela seja exposta em seu local original.