Apesar de ter se passado cerca de meio século do fim dos Beatles, a artista japonesa Yoko Ono ainda é acusada de ser a responsável pelo fim da banda. Infelizmente, isso ainda gera muitos comentários e matérias diversas a esse respeito.
No entanto, seu destaque em relação às Artes é superior aos ataques de misoginia, ódio, xenofobia e até mesmo ignorância pura que ela enfrenta. Até porque Yoko Ono sempre foi uma rara artista oriental, mesmo sendo casada com uma das maiores personalidades do mundo.
A história de Yoko Ono
Ao certo, a japonesa Yoko Ono conquistou por si própria o renome de ser uma das artistas mais influentes do século XX. Para isso, ela apresenta um cartão de visita que inclui sua presença notável como cantora, artista plástica, cineasta e compositora.
Aliás, ela sempre procurou trazer à tona assuntos relevantes, como arte conceitual, questionamentos sobre o mercado e feminismo. Por outro lado, como parte de sua vida pessoal, ela ganhou projeção mundial tanto pela ligação amorosa quanto profissional com o Beatle John Lennon.
Em outras palavras e todas as polêmicas à parte, é importante saber que toda a sua carreira e obra jamais teriam passadas despercebidas. Pela sua biografia, Yoko Ono nasceu em Tóquio, Japão, em no dia 18 de fevereiro de 1933. A partir de então, possuindo uma educação de alto padrão, ela começou a ter contato precoce com as artes.
Isso porque sua mãe era uma pintora clássica e seu pai, um pianista clássico. Nesse sentido, além de aprender canto e piano, a artista passou a desenvolver suas técnicas num ambiente que transpirava criatividade. Vale lembrar que, aos 18 anos de idade, Yoko Ono foi a primeira mulher no país a ingressar no curso de Filosofia.
Enfim, com o mundo batendo à sua porta, ela aprimorou os idiomas japonês e inglês. Assim sendo, passou a frequentar escolas japonesas exclusivas e, posteriormente, ingressou numa faculdade estadunidense de música.
Yoko Ono e o Beatle John Lennon
Ao conhecer John Lennon, a artista já era relevante no cenário artístico e conectada a demais artistas em destaque na época. Ou seja, Yoko teria seu lugar na História da Arte mesmo que seu casamento com o Beatle jamais tivesse sido realizado.
Além do mais, vale salientar que, apesar do fim da banda, ela teve muita contribuição para ajudar Lennon musicalmente. Isso porque sua presença possivelmente contribui para que ele virasse um artista mais corajoso e interessante.
Sem falar que ela o ajudou a gerenciar o sucesso pessoal e até a repensar o consumo excessivo de drogas, comum em meio à metade da década de 1960. Em outras palavras, apesar da briga de egos com os rapazes de Liverpool, era certo que sua presença entre quatro poderosos homens poderia trazer discórdia e o já provável fim da banda.
Até porque, nesse momento da relação, a banda já dava sinais de desgaste, fazendo com que a presença de Yoko Ono fosse apenas o pingo d’água para o processo de separação. Ao certo, podemos dizer que a artista ajudou encorajou Lennon para acabar com a banda, o que ocorreria uma hora ou outra.
Por esses e outros motivos que fora criada o mito de que ela foi a responsável pela maior banda da época. Afinal, embora esse ódio ainda resista, é certo que Yoko é uma das mais artistas de vanguarda mais celebres do mundo.
Yoko Ono e sua influência na carreira de John Lennon
Conforme já citamos acima, Yoko Ono já chegou a trabalhar com importantes artistas, como os japoneses do final da década de 1950. Ainda assim, ao conhecer Lennon, ela já fazia parte do circuito cultural dos Estados Unidos. Prova disso é seu convívio com nomes como:
- Merce Cunningham;
- John Cage;
- Allan Kaprow;
- Nam June Park.
Aliás, à época ela já apresentava trabalhos radicais e que teriam impacto e relação direta na criação de seus filmes e até na inspiração da letra de “Imagine”. Além do mais, sua influência na obra de Lennon é marcante frente aos trabalhos do Beatle.
Isso porque sua carreira solo o levou a ser um fenômeno pop. Enfim, Lennon acabou por se tornar um dos mais importantes artistas do século XX. Nesse sentido, ele passou ainda a tornar sua música mais autobiográfica, crua e extrema.
Para finalizar sua influencias sobre o eterno Beatle, vale lembrar que Lennon investiu forte em características de um compositor militante da paz e focado nas letras discursivas e contra o inconformismo da época. Aliás, até hoje o trabalho da artista permanece desafiador e vigoroso.
O caminho das Artes para Yoko Ono
Como grande passo inicial, Yoko resolveu seguir pelo caminho das Artes sem auxílio financeiro algum de sua família. Como resultado, ainda na década 1950, ele se formar na faculdade de música. A partir de então, ela segue para morar em Nova York, num loft alugado no qual passa a fazer experiências sonoras com os colegas Mercy Cunningham e John Cage.
Na ocasião, eles participam de um grupo que começa a influenciar vários artistas locais. Com a veia artística pulsando, na década de 1960 Yoko Ono começa a investir na arte conceitual e uma série de filmes experimentais. Assim, surgiu uma de suas obras mais conhecidas: Cut Piece.
Com essa exposição, além de explorar a relação entre expectador e artista, a artista japonesa ainda passa a propor reflexões relacionadas à forma como as mulheres são tratadas nos mais distintos meios da sociedade.
Em suma, esta é a fase que dá início ao encontro entre ela e Lennon, formando um dos casais mais icônicos da cultura pop contemporânea. Tudo porque ele fica encantado com o talento e a expressão artística de Yoko. No entanto, essa união ainda daria muitas colaborações artísticas entre ambos.
Enfim, depois da morte trágica de Lennon no ano de 1980, Yoko Ono, a já consagrada artista japonesa, passou a viver de modo recluso por longos anos. Contudo, a partir da década de 1990 ela retomou seu interesse pelas artes e pela música, principalmente.