Gustav Klimt

Conheça Gustav Klimt, importante pintor simbolista austríaco

Artista importante, principalmente para o simbolismo austríaco, Gustav Klimt foi o líder do Movimento da Secessão de Viena. Extravagante, mas ao mesmo tempo singular, teve a sua obra mais conhecida em 1908, chamada de “O Beijo”. Conheça todas as informações importantes sobre a vida e a obra desse artista incrível.

Quem foi Gustav Klimt?

O segundo filho do casal Anna Finster e Ernest Klimt, Gustav Klimt nasceu em 1862 na pequena Baumgarten, substituída pelo Império Austro-Húngaro em 1867.

Sua infância foi marcada principalmente pela pobreza, mas aos 14 anos de idade ingressou na famosa Escola de Artes e Ofícios de Viena, onde teve uma educação clássica impecável. Mais tarde começou a vender seus desenhos de retratos junto com o seu irmão chamado Ernest que também foi aceito pela mesma escola de artes.

Gustav Klimt

Foi graças a uma sociedade que os dois formaram mais tarde com Franz Matsch que eles começaram a efetuar diversas pinturas em tetos e murais. Em 1890 foi o ano em que mais receberam encomendas de trabalhos artísticos importantes como o teto do prédio de Karlsbad, localizado na Tchecoslováquia.

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Um dos grandes nomes da art noveau, Gustav Klimt atuou como o precursor de um movimento moderno de Viena, chamado de “Movimento da Secessão de Viena”.

Esse movimento tem importância até os dias de hoje, pois ele serviu como oposição ao academicismo e classicismo.

Biografia de Gustav Klimt

Gustav Klimt era um artista muito prematuro, com apenas 18 anos, já possuía um ateliê com o seu irmão, onde receberam dezenas de encomendas. Além, dessa vida profissional tão prematura, foi auxiliar de seu professor na área de produção de murais.

O que fez ele se tornar um artista diferenciado, foi o seu estilo de pintura. Nenhum artista da época produzia arte semelhante as dele.

No ano de 1890, movido pelo descontentamento e oposição a visões como o conservadorismo e academicismo em relação as artes foi um dos membros fundadores da “Associação Austríaca de Artistas Figurativos”, mesmo sendo muito antiga, essa associação é importante até hoje para artistas austríacos.

Klimt não desenvolveu a sua arte apenas em locais fechados, por causa do seu estilo decorativo e muito peculiar, foi convidado diversas vezes para pintar painéis e murais em alguns prédios públicos.

Os locais públicos que recebeu a sua obra foi o Teatro Municipal, a Universidade de Viena e o Museu Histórico da Arte.

O Grande Prêmio na Feira Mundial de Paris foi entregue a ele em 1900. Em 1907 foi o líder do “Movimento da Secessão de Viena”, exatamente o momento que simboliza a Art Nouveau.

Seus trabalhos como ilustrador e desenhista foram expostos no jornal chamado “Ver Sacrum”, mas infelizmente seus desenhos não agradaram nenhum pouco a sociedade vienense, pois os seus desenhos retratavam mulheres nuas, seminuas, sensuais e em poses muito obscenas.

Sua primeira participação na Bienal de Viena ocorreu em 1910, sendo que em 1911 recebeu o prêmio da Exposição Internacional de Roma.

Em 1917 foi o ápice, pois foi eleito o membro honorário da Academia de Arte de Viena.

Principais características de suas obras

Existem duas fases nas obras de Gustav Klimt, uma chamada de Fase Histórico-Realista e a outra chamada de Fase Dourada.

Nesta primeira fase como o próprio nome indica, estão incluídas as obras de arte com caráter mais histórico. Já na segunda fase, estão contidas as obras com cunho decorativo, como a produção de retratos e o uso de uma cor bem marcante na sua obra, o dourado!

Nesta segunda fase, suas obras de arte são carregadas de sensualidade e erotismo, onde a figura feminina é a mais explorada.

Por causa dessa sensualidade toda, a sociedade mais conservadora não perdoou e criticou arduamente todos os desenhos.

Gustav Klimt

Conheça algumas obras de Gustav Klimt

Gustav Klimt possui obras muito famosas e que fizeram muito sucesso no mundo. A obra “O Beijo” é a mais famosa delas. A seguir listamos algumas para você conhecer, confira:

  • Retrato de Adele Bloch-Bauer I;
  • O Beijo;
  • A Virgem;
  • As Três Idades da Mulher;
  • Hope I;
  • Lady with Fan;
  • Water Serpents I;
  • Danaë;
  • Portrait of Emilie Flöge.

Simbolismo da obra “O Beijo”

A obra de arte mais conhecida de Gustav Klimt é sem dúvidas “O Beijo”, isso porque essa obra foi a mais reproduzida de todos os tempos. Ela representa a “fase dourada” do artista como explicamos anteriormente. Nessa fase, o artista utilizou folhas de ouro na pintura de sua obra.

Nessa obra o artista retrata a grande intimidade que o casal apaixonado possui. As duas figuras aparecem em um campo lindo florido. As cores são vibrantes, é possível notar a presença de dourado, amarelo e marrom, o fundo do desenho é neutro, isso faz com que tenhamos um foco mais no casal.

Especialistas indicam elementos figurados muito importantes no desenho das vestimentas femininas, por exemplo, os padrões floridos podem estar associados ao poder de fertilidade do corpo feminino. Já nos homens é possível identificar de maneira bem fácil, diferentes desenhos retangulares, tributos masculinos inegáveis, além desses símbolos, as roupas são mais largas, não marcando de maneira nenhuma o corpo masculino.

Outra informação importante que você pode notar nessa obra, é que o rosto masculino está totalmente coberto, mas não é difícil perceber a virilidade dele. Já a mulher possui o rosto descoberto, com apenas os olhos fechados, que pode indicar êxtase e passividade.

Em 2006, uma de suas obras chamada de “o retrato de Adele Bloch- Bauer” foi vendida por nada mais, nada menos de que 135 milhões de dólares.

Como foram os últimos anos de Gustav Klimt?

Em 1915, Gustav Klimt perdeu a sua mãe e por causa dessa morte, a sua paleta de cores se tornou escura e sombria, levando a pintura das paisagens para uma monocromia intensa.

Com tanta tristeza, morreu em 1918 devido a um acidente vascular cerebral, conhecido também como AVC. Sua morte aconteceu antes do período do colapso do Império Austro-Húngaro. Seus restos mortais estão enterrados em Viena no Cemitério de Hietzing. Em 2018, completou-se 100 anos de sua morte.

Infelizmente, para os amantes da arte, diversas obras desse artista ficaram inacabadas como “O retrato de Johanna Staude”, “Adão e Eva” e “A Noiva”.

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