Arte circense: sua história e principais características

As atividades que são vistas como arte circense remontam a tempos imemoriais, idade média, e há uma indefinição sobre o local exato do desenvolvimento do formato do circo como o conhecemos hoje, uma grande lona em formato circular sobre um terreno vasto que serve de teto para as apresentações de arte circense e para a plateia que as prestigiam.

Vale dizer que o circo, ou sua criação, é o momento que se reúne vários dos artistas chamados mambembes que há muito tempo já perambulava pelas cidades, povoados, vilas etc, fazendo suas apresentações em troca de dinheiro. Pontuar o período exato ou o cidadão que primeiro iniciou essa vida de artista itinerante é tarefa quase impossível devido a falta de registros, a distância temporal e pelo fato de poder ter se iniciado em diversos lugares.

O grau de complexidade de algumas atividades da arte circense não requer grandes requisitos intelectuais ou de instrução e nem parafernália instrumental sofisticada, bastando apenas talento natural, cuja distribuição pela mãe natureza é totalmente aleatória, e um incentivo.

Considerando as condições de vida na antiguidade, onde as opções de lazer não eram fartas como as que dispomos na sociedade moderna, sem dúvida o tédio tinha amplo terreno para se instalar, pois o que fazer depois de esgotada as bebidas nos bares ou o dinheiro? O que fazer quando não se tinha um par romântico para se desfrutar de momentos íntimos ou quando o receio de se ter mais um filho se tornava mais forte que o desejo carnal ou o fustigava com mais veemência? O que fazer quando as igrejas estavam fechadas ou a próxima festividade estava distante no calendário? Tendo em vista que boa parte da população não dominava a capacidade de leitura e escrita, se distrair com a absorção de conhecimento nem era uma opção. E até os nobres e clérigos que detinham esse privilégio também se enfadavam em dado momento.

Essa falta de opção de lazer aliado a vontade natural de alguns de gerar encanto e com isso ser estimado por suas habilidades, ou pela necessidade de levantar recursos para a sobrevivência, foi o contexto provável, dedutível, da ascensão da arte circense que posteriormente veio a ganhar um ponto de encontro no circo, lugar que estimulou o desenvolvimento de uma comunidade exótica e especial.

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Mais da idade média e a criação do circo

Como mencionado nos parágrafos anteriores, os primeiros registros de arte circense remonta a idade média. Durante o Império Romano, por exemplo, era comum grupo de pessoas ganharem a vida fazendo apresentações nas ruas e em arenas destinadas a apresentações, uma espécie de anfiteatro.

Porém, mais do que apresentações aos populares, tais artistas se apresentavam em casas de famílias nobres, tal era a importância social desses grupos, não que isso representasse grande prestígio ou fortuna, mas eram vistos como peças importantes para o entretenimento doméstico. Pode-se dizer que ocupavam que o papel que a TV ocupava – e ainda ocupa – para muitas famílias da geração atual.

Há imprecisão quanto o local e período exato da concepção do circo como o entendemos hoje. Existe documentação que aponta atividades circenses na China, mas há informes de que o circo, qual o conhecemos no presente, ganhou sua forma em 1769 pelo inglês Philip Astley, que organizou apresentações circenses itinerantes com uma tenda de lona para as exibições dos artistas que reuniu.

Essa é uma característica importante dos circos, o nomadismo, de se instalar em diferentes lugares, cidades, a cada espetáculo promovido. Mas há aqueles que se mantêm fixos em uma região.

No Brasil, o circo chegou da Europa no século XIX e teve fortes ligações, em seus primórdios, com a cultura cigana. Hoje essa atividade se encontra em baixa, embora estima-se que exista mais de mil circos ativos no país. As dificuldades da arte circense hoje, além da enorme concorrência de outros meios de entretenimento, é o aluguel dos terrenos das cidades que costumam excursionar e a proibição de algumas delas de receber tal tipo de atividade em razão do temor de atrair pessoas estranhas a comunidade.

Arte mambembe

Para falarmos um pouco das características da arte circense é útil definir o que se trata a arte mambembe, já que se constitui como o principal estilo que domina as atividades circenses.

Dissecando o termo “mambembe” ao se consultar um dicionário, vemos que se refere, está relacionado, a artigos de baixa qualidade, de pouco valor, classificados como ordinário.

A arte mambembe, portanto, diz respeito a uma arte mais popular, que se utiliza de poucos e modestos objetos para ser executada, como fazer malabares com laranjas ou pinos de boliches ou utilizar determinadas partes do corpo para realizar alguma proeza.

Características da arte circense

O maior patrimônio de um circo é o seu material humano, pois grande parte de seu show depende das habilidades, dos talentos, de seus artistas que formam uma verdadeira família ao frequentarem o mesmo ambiente e partilharem suas habilidades e experiências.

Apesar das apresentações contarem com artistas com características diversas, a estrutura da exibição é bem conservadora, o “time” desses notáveis precisa contar sempre com:

  • Palhaços;
  • Malabaristas;
  • Equilibristas;
  • Trapezistas;
  • Domadores;
  • Mágicos.

O palhaço é a figura mais emblemática, popular, e o seu comportamento nas exibições é de sempre ser um tipo malandro, com humor irônico e apimentado, além de ser bastante verborrágico.

O termo “circo”

O local em que ocorre a arte circense recebeu o nome de circo porque descende do vocábulo latino “circus”, que é uma referência ao formato circular dos teatros romanos.

Considerações finais

Arte circense se origina das atividades desempenhadas por artistas mambembes que floresceram durante a antiguidade para entreter o público e ganhar dinheiro para a sobrevivência. Além de se apresentarem nas ruas, também eram convidados ou contratados para se exibirem nas casas de famílias nobres.

A característica da arte mambembe é a de ser uma atividade artística que se utiliza de recursos ordinários, modestos, de pouco valor, como fazer malabares com laranjas, fazer acrobacias em um trapézio, contar com uma particularidade excepcional do corpo para a realização de determinadas atividades ou contar com a criatividade e rapidez de raciocínio para entreter o público. É um estilo de arte com caráter mais popular.

O que não costuma falta em um show circense:

  • Palhaços;
  • Malabaristas;
  • Equilibristas;
  • Trapezistas;
  • Domadores;
  • Mágicos.

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