Talvez você não ligue o nome ao artista, por este não ter imagem. “Artista guerrilheiro”, “Artista de guerrilha”, “Arte-terrorista” são outras formas de designá-lo, mas é bem possível que se lembre de um conjunto de ações underground e subversivas do que uma face em especial. Banksy e sua arte sem dúvida tem a qualidade de chamar atenção, de incomodar, de surpreender, de intrigar.
E isso se deve a começar pelo fato da peculiaridade de seu anonimato em uma sociedade que vive a se celebrar a exposição gratuita e estéril de tudo e de todos, que se cultua a chamadas “celebridades” que muitas delas não têm absolutamente nada de especial a não ser a ousadia de expor a própria mediocridade de forma espalhafatosa.
Se pessoas sem qualquer tipo de talento são cultuadas e conseguem verdadeiras fortunas, artistas de incontestável brilho, e reconhecidos mundialmente, também, no entanto Banksy e sua arte renuncia esse tipo de idolatria.
Pouco se sabe desse artista que vive a fazer “intervenções artísticas” em várias cidades espalhadas pelo mundo de forma anônima, desenvolvendo pinturas em muros de prédios, praças, escolas.
O que se sabe até o momento de Banksy e sua arte é que esse “grafitter” desconhecido nasceu na cidade de Bristol, Inglaterra, em 1973. É filho de um técnico de fotocopiadora e chegou a trabalhar em um açougue antes de trabalhar com graffiti na década de 1980.
Não se tem confirmação sobre o seu nome de batismo, o que proporciona várias especulações de nomes como Robert Banks, Robin Banks e Robden Banks, e não há conhecimento sobre seus traços faciais por nunca se deixar fotografar.
Conforme o aumento de sua popularidade, passou a contar com ajuda de colaboradores que mantêm em sigilo a sua identidade e promovem uma verdadeira operação para que faça a sua arte sem revelar a identidade, valendo-se panos pretos para cobrir o local que sofre a intervenção artística.
O estilo da arte de Banksy
Banksy e sua arte estão situadas no estilo conhecido como graffiti, pintura de rua.
Mas para conquistar a popularidade que conquistou, principalmente na Europa, palco de suas principais ações e do começo de suas atividades, mas ganhou fama mundial por realizar trabalhos em cidades de todo o mundo, não basta registrar em espaços públicos artes bem elaboradas as escondidas, pois se assim fosse vários que dominam tal técnica na capital paulista, por exemplo, já teriam ganhado igualmente o mundo, embora alguns também tenha alcançado sucesso, mas por caminhos diferentes.
O que torna Banksy e sua arte especial é a sua natureza política, irreverente, humorada, ácida, que apesar de não ser cartunesca costuma despertar riso aos observadores pela forte carga de ironia típica dessa modalidade de arte.
Suas obras costumam despertar o senso crítico, a fazer reflexões sobre os dilemas, contradições, conflitos que a sociedade contemporânea convive.
Estudiosos identificaram no trabalho de Banksy influências de Blek le Rat, que na Paris de 1981 começou a trabalhar com estêncis, e da banda anarco-punk Crass, que no fim da década de 1970 promoveu uma campanha de graffiti.
Os trabalhos de Banksy
Banksy e sua arte ganhara a capa dos jornais e de revistas por diversas situações. Seu trabalho não se limita a pintar espaços públicos, mas “intervir” em objetos e museus.
É famosa a sua troca da imagem da rainha Elizabeth pela princesa Diana na nota de 10 libras. O Alvoroço dessa ação lhe rendeu 200 libras ao vender as notas.
É também conhecida a troca de cópias de CDs da socialite Paris Hilton, onde acrescentou frases como Cada “CD comprado coloca-me ainda mais distante da comunidade”.
No entanto, seu trabalho de maior polêmica foi a pintura realizada no muro que separa Israel da Palestina, escancarando notório contraste de realidades.
Tornou-se comum que Banksy e sua arte literalmente entrem de penetra em galerias de grandes museus do mundo sem que ninguém perceba e, depois, passem a integrar a coleção do museu invadido.
Uma dessas ocorrências mais famosas deu-se em Nova York, quando o artista-guerrilheiro coordenou um plano para infiltração de suas obras em 4 dos museus mais importantes da cidade.
Obteve sucesso nos quatros, sendo que no do Museu de Arte Moderna de Nova York, onde colocou um quadro de uma lata de sopa, seu trabalho ficou 3 dias pendurado sem que ninguém do museu percebe-se.
Os outros museus foram Museu do Bronklyn, Metropolitan Museum Art e o Museu Americano de História Natural.
Arte ou vandalismo?
Uma das discussões a respeito de Banksy e sua arte trata-se da definição sobre a sua forma de expressão.
Uns a definem, como já exposto, como uma intervenção artística, apoderação de espaços públicos para transmitir mensagens que invada as emoções e sensibilidades das pessoas, uma brincadeira que quebra regras, o que se coaduna perfeitamente com o tom antigovernos da obra de Banksy, mas há quem defenda que, por sua natureza anônima e por se apropriar de espaços públicos, que se trata de “vandalismo”.
Contudo, por ser uma apropriação tão singular, com características tão próprias, criou-se um termo que mistura o nome do artista com a expressão última: “brandalism”.
Considerações finais
Banksy e sua arte são marcadas pelo mistério que envolve a identidade do artista que pratica suas intervenções em espaços públicos, em várias cidades espalhadas pelo mundo, com a técnica do graffiti.
O que se sabe é que o local de seu nascimento foi na cidade inglesa de Bristol, onde expôs os seus primeiros trabalhos, é filho de um técnico de fotocopiadora e chegou a trabalhar em um açougue antes de se aventurar no universo do graffiti na década de 1980.
Sua arte é também marcada pelas críticas político-social repletas de ironia típica do humor cartunesco.
Banksy e sua arte já ganharam capas diversas vezes nos noticiários por causas das intervenções, sendo as mais famosas a pintura no muro que divide Israel da Palestina e as “invasões” de suas obras em museus famosos mundialmente. É comum que essas obras passem a integrar a galeria dos próprios museus invadidos, tal a relevância e qualidade do trabalho.
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