Dadaísmo

Dadaísmo foi um movimento inciado em Zurique, em 1916

O dadaísmo foi um movimento chamado de “antiarte” criado em Zurique, mais precisamente no Cabaret Voltaire. Dessa forma, esse movimento tinha a premissa de questionar a arte, isso pelo contexto que o mundo vivia no período da Primeira Guerra Mundial.

O dadaísmo

O dadaísmo também fora chamado de dadá, que é uma palavra da língua francesa que significa “cavalo-de-pau”. Isso porque, naquele período a arte era vista como algo que tinha perdido o sentido, e por conta disso surgiu esse movimento em forma de protesto.

O dadá foi pensado e criado pelas vanguardas europeias, exatamente no século XX, em meio à Primeira Guerra Mundial. Dessa forma, o movimento visava ironizar e questionar a arte, incluindo o seu contexto na história.

Além disso, o dadaísmo tinha como lema a frase “destruição também é criação”, e com isso atacavam a lógica que regia a arte e a sociedade num todo. Atacavam todos os padrões atuais de uma forma anarquista, buscando romper com os padrões tradicionais sociais.

O movimento foi criado no Cabaret Voltaire por diversos artistas, entre escritores, poetas e também pintores refugiados desenharam o dadaísmo. Desse modo, um dos maiores articuladores desse movimento foi o poeta de origem romena Tzan Tzara.

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Além dele, outros inúmeros artistas e ativistas fizeram parte da criação do dadá, como Hugo Ball, Emmy Hennings, Sophie Tauber-Arp, Jean Arp, Marcel Janco, entre outros. Assim sendo, o objetivo era satirizar as condições daquele momento com certa irracionalidade e pessimismo.

Para melhor compreender o movimento dadaísta, citaremos abaixo quais foram os maiores artistas desse infame e excêntrico movimento:

  • Hugo Ball, um dos fundadores;
  • Marcel Duchamp;
  • Hans Arp;
  • Max Ernst;
  • Salvador Dalí, com algumas obras.

Apesar de ser predominantemente surrealista, Dalí também se enquadrou no dadaísmo e no cubismo em suas pinturas. Além disso, o artista possuía fortes ideais políticos embasados na anarquia e possuía uma postura ácida e crítica, o que contribui para que seja enquadrado no dadá.

O movimento político e social

O dadá tinha como objetivo a forte crítica aos ideais políticos e sociais, e buscava se utilizar da arte como arma para essa luta. Da mesma forma, atacava fortemente os padrões tradicionais com irreverência e espontaneidade, com a intenção de chocar a arte tradicional, o sistema e a burguesia.

A busca por destruir parões acabou fazendo com que o movimento prezasse pela “antiarte”, visto que era contrário ao perfeccionismo e harmonia artística. Isso pode ser observado nas obras criadas pelo dadaísmo, em especial pela obra A Fonte, de Duchamp.

Além da grande força e evidência que esse movimento atingiu na Europa, também tivemos artistas brasileiros influenciados pelo dadaísmo. Assim sendo, podemos citar os escritores Manuel Bandeira e Mário de Andrade, além do pintor Ismael Nery.

Foi principalmente nas artes plásticas e na literatura que o dadaísmo obteve maior difusão e influência. Desse modo, os poetas dadaístas utilizavam as palavras de forma aleatória, sem que houvesse rimas e até mesmo um sentido claro. A sátira era a regra.

Os traumas e horrores causados pela Primeira Guerra impulsionaram o dadá para ter continuidade e maior alcance artístico no pós-guerra, visto que a sociedade europeia estava completamente abalada e desestruturada. O protesto dadaísta foi uma forma de expressar isso tudo na arte.

Dadaísmo

As obras do dadaísmo

Conforme vimos anteriormente, a literatura dadaísta se utilizava de palavras aleatórias sem rimas e com teor poético nulo. Da mesma maneira, as pinturas desse movimento eram criadas de forma desconexa, visando sempre chocar as pessoas com a então chamada Shock Art.

Uma das principais obras desse movimento foi A Fonte de Marcel Duchamp, com lançamento no ano de 1917. Essa obra obteve grande destaque apesar da forte crítica. Isso porque se tratava de um mictório branco, sem encanamento e com alguns escritos na base.

Outra obra de Duchamp foi uma versão satírica da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Dessa forma, o Marcel colocou um bigode na arte original, e incluiu também algumas palavras rabiscadas que se referiam a obscenidades, visando difamar mais ainda a clássica e renomada obra de arte.

No geral, a maioria das obras visuais do dadaísmo se tratava de fotomontagens. Assim sendo, os artistas faziam recortes aleatórios de fotos e montavam colagens sem sentido, com o objetivo de chamar a atenção e até de causar repulsa ao público.

Foi no Cabaret Voltaire que o dadá teve as suas grandes apresentações e demonstrações artísticas. Desse modo, as apresentações nonsense realizadas tinham como características o barulho exagerado e desarmônico como bater em instrumentos musicais, dançar e até mesmo declamar poemas.

Um ponto marcante é que os artistas que performavam no Cabaret Voltaire geralmente eram muito entusiasmados e vibrantes, apesar de desarmônicos. Isso porque esse era o conceito do dadá, e isso foi o que fez o local ser tão memoravelmente lembrado como sede do movimento.

O fim do dadaísmo

Como todos os períodos na arte, o dadaísmo também teve o seu fim. Visto que se tratava de um movimento barulhento e fora dos padrões, não poderia ter sido diferente na morte desse tão aclamado e rejeitado movimento.

Foi exatamente no ano de 1922 que o seu principal idealizador falou em uma palestra que o movimento estaria chegando ao fim. Desse modo, o cabeça Tristan Tzara comunicou de uma forma inusitada que o movimento dadaísta chegara ao seu fim.

Na ocasião, Tzara disse que como tudo o que existia na vida e no mundo, o dadaísmo era inútil e não tinha sentido algum. Por conta disso, pode-se afirmar que em 1924 o dadá veio a converter-se em Surrealismo, baseado no manifesto conduzido por André Breton.

Isso fez com que o dadaísmo morresse de forma súbita e inusitada, e acabasse dando origem a um novo movimento artístico. No entanto, o dadaísmo se diferencia por conta de não ter sido formado apenas por artistas, e justamente por não utilizar a arte de forma harmônica.

Apesar desse movimento não ter tido um representante no Brasil, acabou influenciando alguns artistas nacionais. Além disso, a obra de Mário de Andrade chamada Macunaíma apresenta fortes características do dadaísmo, conforme é dito pelo nosso meio literário.

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