Neoclassicismo: movimento cultural da Europa Ocidental

O movimento cultural neoclassicismo foi o que se originou na Europa perto da metade do século XVIII e se manteve importante até a metade do século XIX.

Ele tinha como base os conceitos dos ideais como guia do iluminismo, assim como a revisitação da cultua da Antiguidade Clássica em busca de exacerbar o equilíbrio e idealismo. Na sequência você confere os detalhes fundamentais sobre o assunto. Veja!

Surgimento do neoclassicismo

No início das primeiras décadas do século XVIII, eram muito perceptíveis as referências do estilo neoclassicismo.

É possível notar, por exemplo, que os movimentos dar artes possuíam um tipo de cronologia capaz de gerar uma polêmica, sendo quase impossível determinar quando ela inicia e quando termina.

O movimento teve o marco de voltar ao clássico, valorizando a clássica antiguidade romana e grega. Tal estratégia foi vista como uma forma de estética capaz de nortear a vida e a arte.

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O início da veia neoclássica

Ao longo dos anos, muitas coisas contribuíram para que surgisse o desejo de voltar ao clássico. Provavelmente o principal motivo foi a busca por uma estética clássica, sendo um exagero e opulência dos antigos estilos de arte como rococó e barroco.

O segundo grande motivo que veio a contribuir com o neoclassicismo foi o grande interesse com relação à Antiguidade Clássica em geral. Valores como harmonia, racionalismo e modéstia, que eram fortes no estilo clássico voltaram a conquistar pessoas que já não apreciavam tanto o barroco.

O Neoclassicismo e a religião

Diferente da maioria dos movimentos relacionados à arte, o neoclassicismo não nasceu tão ligado à religião. Seu surgimento se deu em um grande momento em que a igreja católica já não experimentava mais a influência de outrora.

Com isso, os ideais centrados no iluminismo imperavam em combate à importância que fora dada aos religiosos, bem como às superstições. O neoclássico via com grande importância o apego para o aperfeiçoamento pessoal, assim como o progresso social.

Acadêmicos e sua participação

A grande ajuda para tal desenvolvimento veio do auxílio prestado por acadêmicos. A lista inclui nomes como Giovanni Battista Borra, James Stuart, e John Bouverie, dentre outros.

Por se tratarem de renomes da arte, seus vários relatos contavam com gravuras de expedições arqueológicas. O mais interessante é que estes artistas estavam realizando as publicações usando línguas modernas, não somente o latim como costumava ser anteriormente.

O Conde de Caylus, por exemplo, se tornou o primeiro a criar uma obra juntando as peças de arte da Antiguidade Clássica. Seu critério não foi necessariamente de gênero, mas de estilo, dessa forma tinha com ele referências celtas, além de antiguidades egípcias e etruscas.

Johann Joachim Winckelmann, por sua vez, ficou conhecido como um dos principais eruditos alemães, sendo ele quem produziu inúmeros escritos com destaque na relevância da arte grega antiga.

Simplicidade

Um dos principais elementos que traziam contentamento no erudito alemão era a simplicidade nobre na arte da Grécia Antiga.

Por se agradar da simplicidade da obra, muitos eruditos passaram a encomendar aos artistas para que seguissem o mesmo caminho, chegando perto ao caráter de arquétipo. Sendo assim, suas principais fontes de inspiração passaram a ser os estilos e culturas antigas.

Descoberta de Herculano e Pompeia

A clássica cultura antiga, acabou ficando em pauta nesse período, principalmente por terem sido encontrada a região de Herculano juntamente de Pompeia, que haviam desaparecido por baixo dos restos da erupção do monte/vulcão Vesúvio.

Isso acabou gerando uma grande curiosidade sobre quem tinha algum conhecimento sobre o assunto e até mesmo de que não sabiam nada sobre. Para a Europa foi o nascer de um novo ponto turístico, sendo impossível fazer uma visita ao Velho Continente sem pensar em visitar também essa região.

Estilo Grego

Após essas descobertas, foram feitas outras pesquisas no que diz respeito à cultura e à arte da antiguidade, dessa forma foi possível criar o conhecido “estilo grego”.

De acordo com a realização de pesquisas e consequente descobertas, os interesses dos artistas por tal estética ia crescendo cada vez mais. Com isso muitos estilistas, arquitetos e decoradores passaram a usar esse estilo como referências em suas obras.

A paixão por tudo que vinha da antiguidade foi surgindo e aumentando a visão de quem tinha interesse em artes. Já havia, por exemplo, uma apreciação no estilo clássico, mas foi nesse tipo que solidificou o interesse de conhecimento por causa das descobertas arqueológicas e as pesquisas teóricas.

Movimento Político

Além da arte o neoclassicismo surgiu também como movimento político, por causa de sua inspiração na cultura grega, que teve como grande destaque a democracia, com influência também da parte romana que possuía sua república.

O movimento ainda possuía uma grande associação da arte clássica com importantes fatores, como a honra, o civismo e o cumprimento, além de outros.

O estilo neoclassicismo se tonou então a escolha dos revolucionários da França, que possuíam o desejo de lutar contra a monarquia, que estava representando o luxo imoral.

Nesse período o estilo que vinha predominando na corte era o rococó, que tinha muito apreço ao luxo com exageros. O neoclássico se tornou um estilo de contrapartida uma vez que vinha pregando a simplicidade.

Passado Glorioso

Mesmo o neoclassicismo tendo sido a escolha para o combate ao luxo imoral, não demorou muito para sofrer acusação de possuir caráter cortesão por possuir um estilo baseado no passado opulento e glorioso.

Esse novo estilo passou a ser usado por monarcas e príncipes como divulgação de suas personalidades e das obras boas. O auge desse movimento aconteceu por volta do meio do século XVIII e com duração até início das décadas do século XIX.

Com isso observamos que o movimento neoclássico se tornou muito importante para realização de grandes obras, tais como pinturas, igrejas, esculturas, entre outros lugares importantes na época.

Neoclassicismo no Brasil

Durante o ano de 1816, foi desembarcada no Brasil a Missão Artística Francesa, com pessoas que vieram a ser contratadas para criar e dirigir uma escola de artes e ofícios no Rio de Janeiro.

Já em 1826 foi criada a Academia Imperial de Belas-Artes, que mais tarde seria Academia Nacional, passando a ter o neoclassicismo europeu e atraindo pintores estrangeiros importantes, tais como Johann Moritz Rugendas e Auguste Marie Taunay.

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