Crítica de arte

Entenda como funciona a crítica de arte

Muitos podem considerar que a crítica de arte é um trabalho bem menos arriscado do que o trabalho feito por artistas que se submetem ao crivo do público.

De fato os níveis de pressão diária entre esses dois polos são distintos. Contudo, isso certamente não significa que a crítica de arte não tenha os seus riscos, suas armadilhas.

É comum nos depararmos com casos de críticos de arte que rejeitaram trabalhos que vieram a se demonstrar posteriormente como verdadeiros marcos dentro de seus meios.

Situações que sem dúvida se mostram desmoralizadoras e causas de reflexões sobre a condução da própria carreira.

Isso sem falar no frequente descompasso da crítica com o público.

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Mas por que há esse desencontro de opiniões? É proposital? Qual é o papel da crítica de arte? Quais critérios ela se vale para avaliar uma obra? Porque não há consenso nem mesmo entre os críticos, em muitos casos, sobre a qualidade, ou falta de, de uma produção artística, seja ela visual, musical ou escrita?

Sendo mais direto: como funciona a crítica de arte?

A resposta dessa pergunta, frequentemente posta entre os interessados em conhecer mais a respeito do universo artístico, influenciou a escrita deste post que espera respondê-la de forma satisfatória.

Prossiga na leitura dos próximos tópicos para saber mais a respeito da crítica de arte.

Crítica de arte: definição

A crítica de arte é uma análise de uma obra dirigida a domínio público. Seu papel é formular uma linha de pensamento materializada em texto sobre o trabalho avaliado, apontando seus pontos positivos e negativos, casos os tenham, segundo a interpretação do crítico.

Cabe a crítica de arte descrever, avaliar e interpretar uma obra artística.

Inicialmente a crítica de arte é dirigida somente a trabalhos visuais, mas com o decorrer do tempo e o surgir de novas expressões artísticas outras categorias de crítica foram criadas, como a musical, cinematográfica, literária, etc.

Dentro da crítica de arte não há uma metodologia única e universal sobre o procedimento de avaliação de uma obra. Há mais de uma corrente de pensamento.

Por exemplo, há aqueles que analisam um trabalho artístico usando de critérios subjetivos e aqueles que preferem uma análise mais sistemática, se valendo de critérios mais técnicos, como design, traço, uso de cores, etc.

Isso para não mencionarmos os influenciados por pensamento relativista, formalista, expressivo, etc.

Por isso, é comum que críticos tenham percepções diferentes sobre uma mesma obra e estejam fora de sintonia da opinião do público em geral. Não há um método obrigatório de análise e, por isso, os critérios utilizados de avaliação costumam diferir e não raro apresentar impressões distintas.

Crítica de arte

Categorias de crítica de arte

Existem mais de uma categoria de crítica de arte.

Há aquelas, por exemplo, voltadas para a história da arte, isto é, analisam obras de épocas passadas e avaliam seu valor estético e sua importância histórica dentro da produção artística de então.

Outra categoria é a crítica contemporânea que avalia trabalhos desenvolvidos por artistas da atualidade, ativos.

Há também uma divisão entre crítica de arte do corpo acadêmico e jornalística.

As acadêmicas são encontradas em trabalhos acadêmicos e em publicações especializadas.

As de natureza jornalística, também conhecidas como “revisão”, têm maior repercussão junto ao público. São publicadas em veículos de grande circulação, como jornais, televisão e rádio.

A importância da crítica de arte para a formação de opinião

Os críticos de arte, pelos menos aqueles que conseguem obter notoriedade com suas críticas, são responsáveis por influenciar a opinião de boa parcela do público a respeito de um trabalho artístico ou sobre a forma que será recebido.

Ao se colocar como uma autoridade do assunto e apresentar críticas que demonstram seu vasto repertório e conhecimentos da área, a opinião do crítico passa a ter um peso significativo, acaba sendo uma linha mestra, um guia sobre o que há de melhor a ser consumindo e apreciado em termos artísticos.

Em uma era que a arte é produzida em escala industrial para atender uma demanda voraz por conteúdo, a opinião da crítica recebe cada vez mais destaque. Ela funciona como uma espécie de filtro sobre o que priorizar para consumir, portanto, investir, tanto tempo como dinheiro, e o que deixar para outro momento.

Não à toa, grandes produtoras, distribuidoras e artistas se esforçam para atrair a atenção da crítica de arte e fornecer as melhores condições possíveis para que possa apreciar o trabalho em toda a sua comodidade.

No entanto, há quem questione a importância que é dada para a opinião dos críticos, pois uma vez que já se demonstraram falíveis em suas análises, transferir o poder de decisão sobre o que ou não consumir em termos de entretenimento, de arte, para essas pessoas é arriscado, no mínimo discutível.

Afinal, o ideal é que a opinião seja construída por intermédio da experiência ou adquirida na forma de um artigo ou vídeo?

Relação entre crítica e artistas

Por não se tratar de uma ciência exata e envolver paixão, ego, horas dedicadas a um trabalho, muitas vezes solitário, não é raro a ocorrência de faíscas entre a crítica de arte e os artistas.

Como dito anteriormente, o crítico está sujeito ao ridículo uma vez que exponha uma opinião que se mostre completamente equivocada com o passar do tempo. Mas por outro lado, nem todos os artistas aceitam os seus próprios erros ou encaram a realidade, muito por causa do esforço realizado, preferindo a confrontação direta com os seus críticos.

Algumas vezes com razão, outras sem, o fato é que a relação entre criadores e crítica é marcada por uma série de tensões e episódios belicosos.

Contudo, em boa parte dos casos, a relação se mantém sem grandes atritos, seja pela maturidade dos envolvidos, pela qualidade da crítica, ou pela estratégia de não dá holofote a um assunto que dispensa maiores repercussões.

Primórdios da crítica

A forma moderna de crítica de arte veio a ser concebida no século XVIII.

O primeiro a utilizar a expressão crítica de arte foi o pintor inglês Jonathan Richardson em uma publicação de sua autoria em 1719. No volume que publicara, Richardson tenta criar um ranque objetivo de obras de arte.

As categorias que desenvolvera:

  • Desenho;
  • Composição;
  • Invenção;
  • Coloração.

Entre outras que ele tratou de atribuir para cada um sistema de pontuação.

O termo que o pintor empregara acabou se popularizando entre a classe média burguesa, que passou a ser mais exigente em suas aquisições de arte.

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