Um grande contribuinte para a arte do século XX, em plenos anos 60, Roy Lichtenstein criava obras que até hoje são bastante familiares por conta de sua popularidade. Muito famosas pelas suas cores e traços, as pinturas dele abriram espaço, junto com vários outros artistas do Pop Art, para o início da pós-modernidade.
Quer saber mais sobre sua história, características de sua obra e como ele contribuiu para o Pop Art? Continue lendo esse conteúdo.
Quem foi Roy Lichtenstein?
Roy Linchtenstein foi um dos artistas mais influentes do século XX. Seu trabalho é destacado até hoje por trabalhar com elementos do entretenimento e criar novas concepções a partir dele.
Apesar de receber críticas em relação à estética de suas obras, foi capaz de receber enorme reconhecimento. Isso acontece justamente por conta da narrativa que construiu nelas, abrindo discussões sobre a então tendência cultural, além de criticar os conflitos entre países que aconteciam na época.
Dessa forma, o artista foi um dos colaboradores a originar o movimento Pop Art juntamente com Andy Warhol, Keith Haring e David Hockney. Baseado em histórias em quadrinhos, ele misturou elementos expressionistas e abstratos para elaborar obras que interagiam com seu tempo, criando pinturas que revigoraram o cenário artístico americano e alteraram a história da arte moderna.
O sucesso de Lichtenstein foi acompanhado por seu foco e energia de forma que ele criou uma obra de mais de 5.000 pinturas, entre elas, gravuras, desenhos, esculturas, murais e outros objetos celebrados por sua inteligência e invenção.
Como foi sua carreira?
Sempre interessado em arte, Roy Lichtenstein começou desde jovem a frequentar museus e consertos. Já na universidade, estudou Belas Artes, porém, foi interrompido para servir 3 anos ao exército. No entanto, após todos os programas que entrou terem sido cancelados, passou a trabalhar lá como desenhista.
Depois de sair do exército, ele concluiu sua graduação na Universidade do Estado e Ohio e entrou num programa de pós graduação. Lá, obteve um emprego de instrutor artístico, até que conseguiu fazer sua primeira exposição solo em Nova York.
Após isso, realizou diversos trabalhos variados de desenhista a decorador de janelas entre períodos de pintura. Nessa época, suas obras variam entre expressionismo e cubismo.
Em 1957, ele voltou ao estado de Nova York e começou a ensinar novamente. Foi nessa época que ele adotou o estilo Expressionismo Abstrato, sendo um convertido tardio a esse estilo de pintura.
Então, Lichtenstein começou a lecionar no estado de Nova York na Universidade Estadual de Nova York, em Oswego, em 1958. Nessa época, ele começou a incorporar imagens ocultas de personagens de desenhos animados, como Mickey Mouse e Pernalonga, em seus trabalhos abstratos.
Como são suas artes?
Conforme dito acima, ele começou a incorporar imagens de personagens nas suas obras e essa é uma de suas maiores características. Roy Lichtenstein iniciou uma estética bastante particular onde ele fazia arte com imagens de quadrinhos. Ou seja, ele montava cenários fora dos contextos dessas histórias e dava novas falas e atitudes aos personagens.
Além disso, ele apresentava suas pinturas imitando a impressão grosseira que os jornais usam para reproduzir essas histórias. Com isso, ele acrescentava suas tendências expressionistas e abstratas para contribuir com a construção dos significados.
Por que suas obras tinham essas características?
Nas suas pinturas pop mais famosas dos anos 1960, Roy Lichtenstein tentou utilizar elementos do que ele julgou sendo o “pior” ou “mais estúpido” do que ele conseguiu encontrar no campo do entretenimento. Ele fez isso com a intenção de se apropriar deles e “melhorá-los”. Essa sua mentalidade partia da forte ideia que havia nessa época de que a arte comercial era menos válida.
Isso porque, no início dos anos 1950, com a ascensão do Expressionismo Abstrato, a narrativa americana do século XIX e as pinturas de gênero estavam no ponto mais baixo de sua reputação entre os críticos e colecionadores. Parafrasear, particularmente a paráfrase de imagens desprezadas, tornou-se uma característica primordial da arte de Lichtenstein.
Bem antes de encontrar seu modo de expressão em 1961, Lichtenstein chamou a atenção para o artifício das convenções e do gosto que permeavam a arte e a sociedade. O que outros consideravam trivial o fascinou como clássico e idealizado – em suas palavras, “um assunto mitológico puramente americano”.
O que foi o Pop Art?
Ao criar obras com essas características, Roy Lichtenstein originava, com um conjunto de outros artistas, o Pop Art, isto é, um movimento artístico do século XX que buscava interagir com a realidade em que vivia de forma crítica.
Ele aconteceu porque, diante das revoluções industriais que impulsionaram a produção de bens de consumo, havia um grande crescimento da comunicação publicitária. Isso e o entretenimento midiático ganharam o nome de arte comercial, que tinha a intenção de vender. Por sua vez, essa arte era muito mal vista aos olhos da crítica.
Nesse cenário, o Pop Art nasce a partir das críticas dos artistas à publicidade e ao entretenimento. Como foi dito acima, Lichtenstein considerava as histórias em quadrinhos narrativas estúpidas. Assim, ele e outros artistas passam a criar diversas obras para ir ao encontro dessa tendência.
As obras desse movimento costumam ser bastante irônicas contra os clichês da mídia. Por isso, eles acreditavam que poderiam fazer a arte chegar à população de massa.
Qual a importância do Roy Lichtenstein?
Lichtenstein abriu caminhos com suas obras para que outros artistas pudessem perceber o potencial artístico que existe para a população. Foi ele que se apropriou de elementos literais da mídia para criar suas obras. É possível dizer que grande parte das sátiras e paródias realizadas hoje em dia podem ser inspiradas por suas obras.
Esse fator é um dos principais princípios do Pop Art. Muitos até dizem que esse movimento foi o marco de passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental. Dessa forma, Roy Lichtenstein teve um papel fundamental para isso.
Considerações finais
E aí, gostou do nosso texto sobre a importância de Roy Lichtenstein para o Pop Art? Ele contribuiu muito intensamente ao movimento e isso se reflete até hoje. Portanto, comente conosco o que você achou e compartilhe nas redes sociais.