Edvard Munch

Edvard Munch: pintor norueguês, marco do expressionismo alemão

Edvard Munch foi um artista do expressionismo que possui diversos admiradores. Entre as suas obras, podemos citar diferentes clássicos como “A menina doente” e “O Grito”.

Filho de um soldado do exército, esse artista teve uma história de vida bem marcante, sofrendo diferentes perdas emocionais ao longo dela. Conheça mais um pouco sobre a sua obra e encante-se com a leitura!

Conheça a infância e juventude de Edvard Munch

Nascido em 12 de dezembro de 1863 na Noruega, Edvard Munch, era um artista que já tinha sofrido muito nas mãos de um pai totalmente obsessivo religioso. Como se não bastasse tamanho sofrimento, ainda ficou órfão exatamente aos cinco anos de idade.

O pai de Munch ficou completamente irado quando foi informado de que seu filho queria ser um pintor. O pai declarou guerra ao filho, chamando-o de “comércio profano”. Mas, esse tipo de ação não adiantou muito, pois a carreira nas artes foi muito mais forte.

Criança frágil, passou a maior parte da sua infância em uma cama doente. Na escola foi expulso, justamente pela quantidade excessiva de faltas. Era muita tristeza para um indivíduo só. Por ter ficado órfão, se apegou demasiadamente a irmã mais velha chamada Sophie, só que infelizmente aos 15 anos, ela morreu com tuberculose.

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Edvard Munch era marcado pelo sofrimento, nos anos que sucederam acabou perdendo o pai em um ataque cardíaco fulminante e em seguida viu sua irmã sendo internada por causa de uma esquizofrenia, não recebendo alta nunca mais.

Por ter perdido todos os seus familiares mais próximos, foi entregue a uma tia, que o matriculou em uma escola de desenho famosa. Ele foi aluno de um mestre muito importante chamado Christian Krogh e logo em 1880 começou a pintar retratos.

Os temas de suas obras foram inspirados nessas perdas doloridas que o acompanhou por toda a sua vida, era impossível fugir do que a morte fez com ele.

Ao longo de sua vida fez inúmeras viagens a Paris, onde teve contato direto com movimentos artísticos importantes, como a arte de Toulouse-Lautrec e de Paul Gauguim.

Edvard Munch

Primeiras pinturas

O pós-impressionismo influenciou as primeiras pinturas de Edvard Munch, apenas as primeiras, pois ele não demorou muito para criar o seu próprio estilo de pintura. Aliás, no seu estilo as linhas de expressão são bem acentuadas, justamente para exteriorizar as sensações de tristeza e angústia que o perseguiu ao longo da sua vida.

Neste primeiro momento artístico destacam-se obras como “A menina doente”, onde ele retrata a sua irmã falecida e o “Entardecer”.

Trajetória profissional

Foi a partir de 1889 que a vida e obra de Edvard Munch ganhou mais notoriedade, pois ele foi contemplado com diferentes bolsas de estudos, podendo viajar para diferentes lugares do mundo.

Em suas experiências, se relacionou com artistas como Paul Gauguin e Toulouse-Lautrec que tiveram grande importância em sua carreira. O ápice foi o momento em que conheceu a obra de Vincent Van Gogh.

Por conta dessas influências, em 1892 até 1908, passou a pertencer a um grupo seleto de indivíduos intelectuais de Berlim. Nesse mesmo ano, fez a sua primeira exposição em Berlim, que foi cancelada uma semana depois da estreia, sob a justificativa de ser muito chocante para o público.

Em 1893 pintou uma de suas obras mais importantes chamada de “O grito”. Essa obra possui 4 versões, que estão expostas no museu da Noruega, exceto a terceira versão.

A partir do ano de 1915, Edvard Munch realizou diferentes pinturas de autorretratos, expondo em Zurique, Mannheim, Berlim e Amsterdam.

Morreu aos 80 anos em 1944 na Noruega mesmo, nessa época ocupada pela Alemanha nazista. Seu velório e toda a cerimônia de sepultamento foram bem chiques, oferecida pela alta cúpula nazista.

Principais obras

As obras de Edvard Munch possuem uma característica bem marcante negativamente, repleta de doenças, sofrimentos e mortes.

Além das mortes que marcaram a sua vida, tornou-se um jovem fraco e doente. Por isso, é muito comum nos depararmos com obras que contenham rostos sem expressão e totalmente desfigurados.

De todas as suas obras, a mais marcante é sem dúvidas “O Grito”. A seguir destacamos algumas que merecem atenção especial. Acompanhe:

  • A Menina Doente feita em 1885;
  • Melancolia criada em 1892;
  • A Voz de 1892;
  • Amor e Dor de 1893;
  • Cinzas de 1894;
  • Puberdade de 1895;
  • A Morte da Mãe de 1899;
  • Reunião de 1921;
  • Autorretrato de 1940;
  • Entre o Relógio e a Cama de 1940.
Edvard Munch
O Grito, 1983

Descrição de algumas obras

Obra “O Grito” de 1893

A vida de Edvard Munch não foi nada fácil como pudemos perceber. Foram muitas perdas doloridas e lidar com a morte não é legal.

Nesta obra é possível perceber um retrato muito perfeito de uma figura amargurada e desesperada. É como se ela tivesse um grito entalado na garganta e que não é possível gritar.

As características observadas por quem está vendo a tela é o sentimento de horror e ao mesmo tempo do silêncio. É um horror mudo.

Obra “Moças na Ponte” de 1901

Nesta obra, Edvard Munch foi mais além, inspirado nas produções agrícolas de sua própria fazenda e dos arredores, pintou a natureza morta.

Filme que retratou a sua vida e obra

Lançado em 1974, o filme “Edvard Munch” contou a vida e obra do artista. A direção do filme foi de Peter Watkins.

Descoberta da doença

Entre os anos de 1908 e 1909, Edvard Munch procurou uma clínica psiquiátrica por vontade própria para se internar. Segundo ele, seres diabólicos, alucinações, vozes e insônia eram fenômenos que o perseguia insistentemente. Por conta desses acontecimentos, bebia descontroladamente, sofrendo de paralisias súbitas no corpo.

Na verdade, esses sofrimentos perturbadores no corpo e na mente era o diagnóstico de neurossífilis, segundo a medicina da época. Nesse estágio, a doença já atingiu o cérebro e o tratamento deve ser iniciado imediatamente.

Ele ficou 8 meses internado, largou o cigarro a bebida, se alimentou corretamente e logo recebeu alta.

Nesse período de cura recebeu um convite muito importante para decorar a Universidade de Oslo. Suas pinturas foram mais leves, com a utilização de cores mais suaves e menos pessimistas.

Entre os anos de 1910 e 1915 pintou obras lindas como “O Sol”, “A História” e “Alma Mater”.

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