Mercado primário e secundário de arte

Mercado primário e secundário de arte

O mercado primário e secundário da arte. Provavelmente, você já ouviu falar na relevância do conceito de arte para o engrandecimento de qualquer pessoa. No entanto, nem todo mundo está ciente de toda a estrutura relacionada ao mercado artístico.

Vale salientar que esse segmento se encontra dividido em duas categorias na atualidade. Ou seja, o mercado primário e secundário de arte. Mas, quais são as características de cada um desses lados e a principal forma de diferenciação entre ambos? As informações a seguir ajudam a explicar todas essas questões.

Diferenças entre o mercado primário e secundário de arte

Para pessoa que esteja pensando em iniciar uma aventura pelo segmento de arte no Brasil ou qualquer lugar do planeta, deve se ater a algumas detalhes essenciais. O artista que está começando a sua primeira coleção deve estar ciente dessa divisão básica e como a forma de fazer negócio é afetada por isso.

Conheça o mercado primário de arte

Caso uma obra de arte seja encaminhada de forma direta do espaço de um artista, com o intermédio de uma galeria ou mesmo de um evento de arte, a tendência na atualidade é que seja repassada para comercialização pela primeira vez.

Isso acontece porque esse é o mais relevante mercado de arte. E, por isso, esse é o momento no qual o valor comercial do item artístico é determinado pela primeira vez. Sendo assim, é possível pontuar que tanto as galerias quanto os colecionadores colocam dinheiro e estimulam a ascensão de um respectivo artista dentro do mercado primário.

Na maior parte das vezes, o criador está vivo e as suas criações são consideradas parte da chamada arte contemporânea. Portanto, as galerias comercializam de modo direto para o criador e os colecionadores tem o hábito de achar o artista pessoalmente.

Esses encontros entre criador e admiradores ocorre, geralmente, em visitações aos estúdios ou ainda nas pré-exibições – quando a venda das obras ainda não foi iniciada. E quando a procura do segmento espontaneamente cresce devido ao trabalho interessante de um novo artista, o preço de suas criações também se eleva. Ou seja, a tradução literal de oferta e procura.

O resultado dessa alta demanda é o aumento dos valores no mercado primário. Isso significa que quanto maior essa procura pelo artista, maior o seu faturamento. Por conseqüência, a diferença entre mercado primário e secundário de arte se estabelece nesse ponto.

Já que o mercado secundário surge na história de um artista, quando ele já alcançou um determinado status e se torna fortemente consolidado e procurado.

Mercado primário e secundário de arte

Conheça o mercado secundário de arte

Quando uma peça de arte foi comprada no mercado primário e acaba por ser repassada, ela se transforma em uma parte integrante do mercado secundário. Na maioria dos casos, os valores aplicados no mercado secundário são classificados como mais regulares do que os preços repassados as pessoas em ascensão ou na fase intermédia da trajetória.

No entanto, o intuito das pessoas envolvidas na comercialização é tentar alcançar o valor mais elevado possível. Deste modo, um colecionador vai adquirir a peça por um montante mais alto com a intenção de que ele também tenha a oportunidade de passar o trabalho adiante. E, se houver a possibilidade cobrando ainda mais dinheiro pela obra de arte em questão.

A diferença entre o mercado primário e secundário de arte é tão relevante que determina até algumas diretrizes de atuação de determinadas entidades do cenário cultural. Não entendeu? Vamos lá! Isso acontece quando casas de leilão de muito prestigio, como a Sotheby’s e a Christie’s, quase nunca negociam no chamado mercado primário.

A justificativa para essa postura no mundo dos negócios de arte é muito simples. Esses grandes empreendimentos voltados a pratica do leilão tendem a priorizar no abastecimento do mercado secundário.

Além disso, os resultados classificados como baixos da comercialização de peças no segmento secundário de arte pode comprometer consideravelmente o desenvolvimento da trajetória de um artista. Bem como abalar o preço das suas criações a curto, médio e longo prazo.

Entretanto, é possível que algumas exceções ocorram nesse formato padrão de negócios no mercado secundário. Um exemplo muito famoso ocorreu no ano de 2008, quando o artista de nome Damien Hirts conseguiu vender a sua produção através da Sotheby’s, situada na cidade de Londres, no território inglês.

Mercado primário e secundário de arte

Cenário do mercado brasileiro de arte

Agora que você já conhece o conceito do mercado primário e secundário de arte, está na hora de descobrir mais sobre a situação do mercado nacional. Em novembro de 2018, Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) apresentou os resultados da sexta pesquisa referente ao mercado de arte contemporânea no país.

A quantidade média de profissionais em uma galeria nacional é de 8, sendo que 85% conseguiram manter essa quantia. A questão que mais afeta as finanças dos empreendimentos foi a participação em feiras, equivalente a um quinto dos custos. A folha de pagamento aparece na vice-liderança. A instabilidade econômica do Brasil também foi citada como um desafio.

Todavia, a pesquisa mostrou que o mercado nacional foi capaz de ultrapassar o momento de crise. Para metade das galerias, o volume de vendas cresceu, para 16% ficou no mesmo nível e caiu para 36% dos negócios. Além disso, cerca de seis mil peças de arte foram comercializadas em 2017. De acordo com o levantamento da ABACT, as campeãs de vendas foram as pinturas, seguidas pelas esculturas, fotos, desenhos e os vídeos por últimos.

É importante frisar que as galerias brasileiras realizaram cerca de 5 exposições individuais cada, enquanto 40% conseguiu preparar entre 5 a 7 eventos e 30% efetuou 4 exposições. Com relação as exposições coletivas, os números ficaram a abaixo com uma média de duas promoções por unidade por ano. A presença nos eventos brasileiros ficou em 2,2 por unidade.

Porém, a comercialização das obras de arte do mercado primário e secundário de arte é realmente focada no segmento nacional. Conforme a pesquisa, a taxa fica em 80%. Somente um quinto do volume total de vendas se refere ao interesse estrangeiro. Os Estados Unidos são os principais compradores. Na sequencia, a pesquisa apresenta o interesse do mercado inglês, espanhol, colombiano e francês.

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